Indo de 'O grau zero da escritura' até os volumes que saem das conferências feitas por Barthes no Collège de France, nesta obra, a autora dedica-se, particularmente, a assinalar o círculo dos escritos barthesianos que, em seu tempo, eram considerados superficiais e divagantes. O livro consagra todo um capítulo à apresentação do volume 'Mitologias', painel da indústria cultural francesa nos anos 1950. Reconstitui também a 'briga' de Barthes com a Sorbonne em torno do modo de ler Racine, evento considerado célebre na origem da 'nouvelle critique', propondo uma aproximação deste embate crítico com aquele existente no Brasil entre Haroldo de Campos e a USP. Por fim, à luz da crítica-escritura de Barthes, discute o lugar e o papel do crítico nos dias contemporâneos.