A adaptação de clássicos da literatura universal para o público infantojuvenil é um tema bem polêmico. Rejeitadas por alguns mas abraçadas por outros, as adaptações, nesta obra de Mário Feijó, são vistas como a base do trabalho de formação de leitores, uma vez que elas "ensinam o caminho da biblioteca", ou seja, motivam crianças e jovens a ler cada vez mais. Em tal processo de motivação, o professor que gosta de literatura exerce papel fundamental, pois é ele quem os orientará a encontrar o próprio caminho no mundo das letras. Este livro foi desenvolvido em tom de conversa direta com o professor, seja ainda um estudante de Letras ou Pedagogia, seja um educador em atividade. O autor - ele mesmo um apaixonado pela literatura, escritor e professor - explica as origens e funções dos clássicos adaptados e conduz o leitor-educador por uma deliciosa jornada. Do pioneirismo de Hans Christian Andersen à ousadia do escritor e adaptador Monteiro Lobato. Da tradição folclórica reunida nos contos de Charles Perrault às adaptações de grandes clássicos da literatura para os quadrinhos. De clássicos ingleses aos best-sellers de vampiros da atualidade. Tudo em uma prosa fluente, cheia de exemplos de adaptações consagradas saídas da imaginação de escritores como Carlos Heitor Cony, Ruth Rocha e Ana Maria Machado. Ao tratar do assunto com clareza, mostrando as características que marcam uma boa adaptação, Mário Feijó fornece instrumentos valiosos para que o professor saiba fazer a indicação da leitura mais adequada a seu grupo de alunos. Como bem dizia o grande Monteiro Lobato, as boas adaptações são sempre aquelas "atualizadas ao gosto do momento" ou "remoçadas em estilo", colocando ao alcance da criança e do jovem uma história incrível, antes inacessível. Nas palavras de Luiz Raul Machado, escritor e especialista em literatura infantil, esta obra "vai ficar num lugar de honra das estantes dos que se preocupam com leitura no Brasil".