Na nossa sociedade, sempre houve mulheres que iam contra a ordem falocêntrica, praticando ações que fugiam às normas sociais convencionadas ou assumindo papéis atribuídos ao masculino. É de uma dessas mulheres que trata este livro, uma mulher do século XIX inserida num meio majoritariamente masculino, na imprensa, na gestão da educação, na política, que exercia influência na sociedade por meio da palavra e de sua prática pedagógica; uma mulher que se deixou enxergar pelos periódicos de sua época, que obteve notável visibilidade social. Esta obra é um convite a um passeio pela Belle Époque fortalezense em finais do século XIX; um convite a sentir os bons ventos de Aracati no início do século XX, a observar a educação se desenvolvendo, escravizados e mulheres sendo libertos e/ou se libertando; um convite a conhecer o universo de Francisca Clotilde, uma intelectual, escritora, professora e diretora do Externato Santa Clotilde, que, em sua prática pedagógica, inseriu a moral cristã, (...)