A educação inclusiva não é novidade, tão pouco, consenso. Mas está acontecendo, com seus desafios e seus encantos. Esta obra apresenta diferentes aspectos a serem considerados ao relacionar educação infantil e inclusão escolar de bebês e crianças bem pequenas em creches. Tais aspectos remetem às transformações que vêm se desenrolando na prática inclusiva, e que culminam na certeza de que uma escola que atenda a todas as crianças não se faz de forma solitária. É preciso um trabalho conjunto; é preciso sensibilizar-se e acolher diferentes atores deste processo, ouvi-los e tecer redes que sustentem o processo inclusivo com qualidade. Propõe-se que tais redes sejam constituídas como parte de um projeto coletivo e colaborativo. Isto, pois parte-se do pressuposto que se deve compreender o paradigma inclusivo como um percurso que conduz a uma história de vida. Ou seja, cada bebê e criança pequena que tratamos como aquela criança de inclusão, é um sujeito, uma pessoa cuja trajetória de vida será marcada por diferentes experiências de inclusão ou exclusão. Pessoas e histórias de vida. Crianças únicas, como todas as crianças, com sua potência e seu direito de viver a infância. Aliás, investir na infância é investir na humanidade; persistir na construção de um mundo mais inclusivo é acreditar que todos nós merecemos uma sociedade mais justa, equânime e solidária. Desta forma, esta obra não apresenta métodos, mas convida à reflexão e a novos olhares e escutas.