A busca de resposta para questões como: O que é currículo? O que é diferença? evocam um significado único que se reduz a uma marca currículo que atenda a juventude, os indígenas, os quilombolas, etc. quiçá, um conceito, como se houvesse uma definição para tal. O movimento em torno de políticas inclusivas e curriculares é uma amostra dessa busca quando traz em seu bojo questões em torno da identidade, da igualdade e da justiça social como significantes que marcam diretrizes curriculares que se alinham a marcos políticos nacionais e internacionais como exigindo uma resposta. Sob uma lógica conjuntiva e ao mesmo tempo disjuntiva, Currículo e Diferença se constitui como um livro que se por um lado trata de relações em que a ideia de diferença é efeito pelo qual se formaliza uma ética política vista como diversidade, por outro, refuta uma dada resposta, uma fixidez que supostamente estaria aqui, ali ou em outro lugar. Embora não deixe de considerar o marco de uma política de identidade pelo reconhecimento da diferença, traz à luz seu transboradamento pela diferença como tal, subvertendo, qualquer telos regulador e fundador do currículo. Está obra é, pois, resultado de um conjunto de produções de pesquisadores de diversas universidades do país e do exterior que acreditam na trama de significados produzida pela própria diferencilidade. Reúne diversos grupos de pesquisas, cujas produções tem atentado para um enfoque crítico e/ou desconstrucionista em torno de produções curriculares como prática discursiva. Convida o leitor a uma conversa que concebe currículo como o que não tem previsibilidade. De sorte que o chamamento é para encontros irrepetíveis dos autores e dos leitores.