Neste livro, reflito sobre o território negro do Grande Nordeste de Amaralina (GNA) e o controle racializado que se instala nele a partir de um plano de segurança estadual ironicamente batizado de Pacto pela Vida (PPV). A partir da implementação do PPV na Bahia no ano de 2011, Bases Comunitárias de Segurança (BCSs) são espacializadas pelo território do estado. O GNA em Salvador é um destes locais. Inscrevendo o controle de sujeitos-territórios negros na história racializada de produção das cidades brasileiras e em seus processos coloniais do passado e do presente, aponto para as BCSs como exercício refinado de produção de morte anterior à morte física. Este livro pretende alcançar os debates sobre controle urbano e tensionar o pensamento crítico, no Direito e fora dele, pensando as Cidades e suas construções a partir de uma historicidade racializada feita e refeita num jogo de práticas e agências que exige análises desprendidas de olhares cristalizantes ou fatalistas.