Há que se entender Peter Ho Peng e seus Voos Pátrios. Não se trata do amor incondicional de um nativo, caso possa sugerir o título desse livro, mas a expressão da complexidade de seus sentimentos e sua insólita vivência. Ao prazer dessa leitura antecipo que o conheci líder estudantil ao entrar na Escola de Engenharia da UFRGS, em 1969. Um chinês, que aterrissou em solo gaúcho com um ano e pouco e se naturalizou, mais tarde preso, torturado e expatriado pela ditadura militar, passou a viver nos EUA, onde permanece até hoje. Aposentado, escreve no Jornal B&B, e uma difícil e breve seleção de seus artigos agora é aqui publicada.