O que caracteriza a Educação Não-Escolar? Ao nos debruçarmos na literatura da área, é comum encontramos a definição de uma por oposição à outra. Outras vezes, encontramos terminologia diferentes referendando educação realizada extramuros da escola. Esses termos como Educação Formal, Educação Informal, Educação Não-Formal, Ensino Aberto, Educação Popular fazem referência a Educação Escolar e Não-Escolar com outra nomenclatura ou são formas diferentes de educação? Podemos ainda nos questionar se na educação informal não há intencionalidade na ação educativa, e se dentro dos muros escolares não há formas de educação não-formal? A partir destas reflexões, o livro foi organizado em duas partes: práticas escolares e práticas não-escolares. Na primeira parte, o conjunto de capítulos traz experiências da educação formal escolar; analisam o movimento surgido na sociedade brasileira dos fins do século XIX e primeiras décadas do século XX, o higienismo, que adentrando os muros escolares, tornou-se um elemento organizador do espaço escolar e foco do processo de ensino. A segunda parte, leva a discussão para as experiências não-escolares. Assim, os acervos das tradições culturais desses rincões sertânicos constituem o objeto do sexto capítulo, apontando para a importância das práticas educativas não-escolares.