Este livro pretende analisar a presença, apropriação e influência da Índia na gênese da filosofia de Schopenhauer, entre 1811 e 1818. Os materiais históricos utilizados são as três obras consultadas pelo filósofo e que foram tomadas de empréstimo nas bibliotecas de Weimar e de Dresden de 1813 a 1816: Asiatisches Magazin (dois volumes), Mythologie des Indous (dois volumes) e Asiatick Researches (nove primeiros volumes). Nesses escritos estão presentes conceitos indianos importantes para Schopenhauer, por exemplo, Maya, Brahman, Atman, Brahma, Vishnu, Shiva, linga, sanyasins, Buddha, Tat tvam asi, metempsicose, nirvana, entre outros. Tais conceitos são encontrados nos Manuscritos schopenhauerianos, assim como em sua obra capital, O mundo como vontade e representação (1818). Ao afirmar que a "Índia schopenhaueriana" se fez não apenas a partir das contribuições do escrito Oupnek'hat, este livro traz para os leitores da obra do filósofo alemão uma visão mais ampla, [...]