Não há psicanalista que não concorde com a idéia de que a supervisão do trabalho dos colegas mais inexperientes é fundamental para ajudar na sua formação e para não deixar a prática clínica cair no vale tudo. Não há consenso, contudo, quanto ao significado de supervisionar ou controlar um trabalho que depende justamente da liberdade de quem o realiza. A ilusão de aprender a escutar ou aintervir está nas entrelinhas da maioria dos pedidos de supervisão. Não é certeza que saibamos responder a tais expectativas do modomais adequado, preservando a responsabilidade dos "supervisionandos" (as aspas aqui são mais necessárias do que nunca) e a liberdade de se comprometer a receber pacientes.