Sem esquecer o esquecimento, este estudo versa sobre os problemas da memória, da historiografia e das grandes narrativas que, desde a consciência mítica, a teologia cristã e as teorias ocidentais modernas acerca do sentido do devir, têm descrito origens e caminhos para o tempo histórico. Encontrar diferenças e afinidades entre estes três modos de representar o passado é o seu objetivo. A que se junta um outro, não menos fundamental: defender que, na contemporaneidade, não se assiste ao fim da história, mas ao fim das concepções que ditaram o fim da história. E, na senda de Heraclito e de Ernst Bloch, tudo será feito à luz deste alerta deixado ao leitor: se não esperares o que não se espera, não encontrarás o inesperado.