'Íris digital' é o olhar sobre as urbes subumanas, contemporâneas, em seus contrastes tecnológicos e pop-digitais que escorrem - de forma profunda, limpa ou imunda - na fuligem poluída, na lua partida, no céu de néon, ao Sol aberto, em meio aos painéis eletrônicos e aos aglomerados. Fuligem poluída sobre as pessoas nas ruas, na vida flagrada pela íris que registra as esquinas do mundo... e, ao mesmo tempo, traz o código de identidade pessoal e intransferível da nova era digital, a senha de acesso aos lugares. Paula Valéria vê o palco dos atores anônimos que desfilam suas dores e amores, entre cores, túneis, fossas na multidão, nos espaços da solidão. A graça ou a alegria de andar sem sentido. O retrato fotografado pela poeta vagando na ordem ou no caos.