Para os antigos, alguns sonhos tinham o valor de presságio. O pensador grego Artemidoro de Daldis se debruçou justamente nesses que podem conter indicações para o futuro. Enumerou os temas mais recorrentes e seus respectivos significados, que variam de acordo com o perfil e o contexto de quem sonha, e complementou sua teoria com a análise de 95 sonhos coletados durante peregrinações pela Grécia, Ásia e Itália. Essa preciosa fonte de informações para os estudos da cultura clássica, escrita no século II, chega pela primeira vez ao leitor brasileiro. Não à toa serviu de referência a Freud ao compor, em 1900, a obra máxima da psicanálise: A interpretação dos sonhos.