Com a mundialização do capital estabeleceu-se um novo complexo de reestruturação produtiva que atingiu a objetividade e a subjetividade do mundo do trabalho. O seu 'momento predominante' é o toyotismo, uma lógica de organização da produção de mercadorias com impacto universal e cujo principal objetivo é a constituição de uma subjetividade servil à lógica da valorização. Se o desemprego estrutural é a expressão objetiva da 'negação' do trabalho na era da globalização, a disseminação de políticas sindicais neocorporativas de viés concertativo-propositivas- intrinsecamente anticlassistas- é a própria expressão subjetiva da 'negação' do trabalho como o 'outro' antagônico do capital. Esta é, segundo Giovanni Alves, uma das principais determinações da crise estrutural do sindicalismo moderno e do novo (e precário) mundo do trabalho.