Escritor genial, Lewis Carroll criou personagens fascinantes como o Chapeleiro, a Rainha de Copas, o gato de Cheshire e a Lagarta, e situações inusitadas, como o inesquecível chá do desaniversário. Na vida privada, o professor e diácono Charles Lutwidge Dodgson viveu só e recluso. Morto em 1898, aos 65 anos, Carroll/Dodgson ainda é, cem anos depois, objeto de intermináveis especulações e controvérsias, que Morton N. Cohen investiga em Lewis Carroll - Uma Biografia, lançamento da Editora Record. O autor faz hábil incursão nas contradições do escritor, oferecendo subsídios para o desvendamento de mistérios que sempre o cercaram: seu interesse por meninas era inocente ou sinal de um desvio de conduta sexual? O que aconteceu com quatro volumes de seus diários desaparecidos após sua morte? Quem eliminou algumas páginas dos volumes remanescentes, e por quê? Os principais acontecimentos da vida de Lewis Carroll são bem conhecidos. Aluno de Oxford, onde mais tarde se tornou professor de Matemática, ele escreveu Alice no País das Maravilhas para Ina, Alice e Edith, as três filhas de Henry Liddell, reitor da universidade. Tímido, passou sua vida entre os muros da universidade, nunca se casou e, à companhia de adultos, preferia a de crianças, especialmente meninas. Por tudo isso, Lewis Carroll tem sido um quebra-cabeça para psicólogos, historiadores e críticos literários há várias gerações.