O cenário é o de um típico subúrbio americano dos anos 70. Mas são as forças de Eros e Thanatos que atuam em “As virgens suicidas”, de Jeffrey Eugenides, envolvendo o leitor numa história original, narrada por uma espécie de coro semelhante ao das tragédias gregas. Durante uma festa em sua casa, Cecilia Lisbon, 13 anos, se joga de uma janela do segundo andar sobre a cerca de ferro. Como uma maldição, num período de um ano, todas as cinco irmãs Lisbon cometem suicídio. Comprimidos, enforcamento, todas as formas são válidas para que, uma a uma, Lux (14), Bonnie (15), Mary (16) e Therese (17) encontrem seu caminho para a morte. A tragédia marca tanto a rotina da vida local que uma investigação é levada a cabo pelos garotos da vizinhança. Passados 20 anos, eles reúnem um acervo de evidências, que vão desde entrevistas com parentes até diários e boletins de química. Mas os detetives amadores, lutam para achar as peças deste quebra-cabeça que é a alma feminina.