A obra está dividida em três capítulos; Carnelutti impressiona pela sua concisão e qualidade: no primeiro capítulo, o autor trata da adequação entre meios e fins na técnica da Ciência do Direito, passando pela análise dos fenômenos da intuição, imitação e reflexão no campo do estudo empírico. No segundo capítulo, o autor trabalha na forja dos métodos da indução e da dedução sobre a variedade dos ordenamentos jurídicos existentes, faz crítica às curtas dimensões do Direito buscando apenas nos códigos escritos, demonstra como é necessário que o cientista seja, antes de tudo, um verdadeiro artista do Direito, fazendo-se essencial, para este despertar, sair dos livros e abrir uma janela, pois contam mais os homens que os livros. No terceiro capítulo, cuida do inventário da comparação diante da observação minuciosa dos diversos ordenamentos jurídicos, propondo a comparação externa. Trata do binômio obrigação e Direito, formação e integração dos conceitos, sua decomposição e recomposição, com suporte nos dados e imagens consideradas, concluindo que a Ciência do Direito continua assaz atrasada, o que, aliás, ainda se verifica em nossos dias