A maioria das doenças que ferem ou levam as pessoas à morte, sobretudo nos países em desenvolvimento, poderia ser evitada sem grandes esforços científicos ou financeiros. Bastariam apenas uma atitude diferente e mais sábia perante a vida e seus valores e o consequente reescalonamento das prioridades culturais, sociais, políticas e econômicas dos povos. Independentemente disso, a doença e a morte serão sempre nossas companheiras inseparáveis. Nessas horas, o ser humano vai ao essencial da vida: Deus. E mesmo que ao longo da vida ele não tenha dado importância a Deus, na hora da doença sente necessidade d'Ele. E nós, como agentes e/ou visitadores dos doentes, devemos continuar fazendo tudo quanto esteja ao nosso alcance para proporcionar ao doente e ao moribundo nossa solidariedade terapêutica, psicológica e espiritual, para que recuperem a saúde ou entrem na eternidade na plena paz dos filhos de Deus. Por isso, partindo de minha experiência de mais de trinta anos na Pastoral da Saúde, escrevi estas orientações pastorais.