Tudo que se publica, claro, busca um público. O livro que estou tendo a honra de prefaciar vai alcançar um público muito especializado. Suas lições, além disso, vão desaguar, naturalmente, na jurisprudência dos tribunais superiores. Escrever é uma maneira de conversar, de dialogar. Porém, pela profundidade dos comentários, mais que dialogar (visando à construção de uma profícua doutrina), os autores (com este livro) estão credenciados a querer produzir mudanças na vivência jurisprudencial do país. (...) Considerando-se os avanços informáticos e tecnológicos, tornou-se perfeitamente plausível supor que as guerras, as ditaduras, a opressão e a criminalidade (sobretudo a econômico-financeira) não vão cessar, porque são (desgraçadamente) inerente à condição humana. Se de um lado se nos antolha possível imaginar uma sociedade sem conflitos, especialmente penais, de outro, parece também bastante razoável afirmar que a civilização crescente nos leve a reduzir tais desvios ao mínimo possível. Todos temos o dever moral de contribuir para isso, desencadeando (na medida das possibilidades de cada um) processos e diligências permanentes, estudos, opiniões, debates etc.