Britt-Marie é uma simpática senhora de um pouco mais de 60 anos, fazedora de palavras cruzadas, que vive em algum lugar da Inglaterra. Ok, ela não é tão simpática assim. Acostumada a uma vida cheia de rotinas, Britt-Marie faz listas para tudo e o seu maior orgulho é a gaveta de talheres minuciosamente arrumada nesta ordem: garfos, facas, colheres. Exatamente nesta ordem. Casada há muitos anos com Kent, um falastrão oportunista, Britt-Marie divide seu tempo entre cuidar dos filhos dele, da casa e aguardar que chegue a sua vez. Sua vez de ver a vida com outros olhos e talvez conhecer Paris, um sonho que há muito permeia suas noites de sono. Pois esqueça tudo o que leu sobre Britt-Marie até aqui. Britt-Marie agora é uma senhora recém separada à procura de um emprego e é assim que começa a nossa história. Depois de muitas idas e vindas à agência de empregos local, Britt (apenas sua irmã a chama assim) consegue um emprego na imaginária Borg, uma comunidade construída ao longo de uma estrada, para onde se muda levando algumas roupas, todas as suas manias e uma vida inteira de frustrações que ela nem imaginava pesarem tanto em sua bagagem. Sua nova função é ser a zeladora de um centro recreativo absolutamente caindo aos pedaços. Ela não faz ideia do que isso possa significar mas resolve fazer o que sabe de melhor: limpar. Começa pelas janelas, depois o estofado, a cozinha e... um rato. Britt-Marie tem um rato como companhia. Era o fim da picada! De zeladora à treinadora do time de futebol juvenil do lugarejo foi um pulo. Ainda sem entender as reais atribuições de seu emprego, Britt-Marie se vê envolvida com a comunidade e especialmente com as crianças do time. Sem nunca ter sido mãe, Britt (apenas sua irmã a chama assim) assume um papel mais do que especial nesta trama. Parece que ela quer salvar essas crianças de uma vida medíocre, mas são as crianças que a estão salvando sem que ao menos ela perceba.