O Brasil nasceu endividado e, ao primeiro empréstimo levantado em Londres, em 1824, dois anos depois do Grito do Ipiranga, sucederam-se quase 200 anos de crises econômicas, dependência de poupança externa, desvalorizações cambiais, hiperinflação, moratórias e renegociações de dívidas. Até, surpreendentemente, conseguir o grau de investimento, a chancela de bom pagador das agências internacionais de classificação de crédito em 2008, quando se espalhava a maior crise internacional desde 1930. O jornalista William Salasar refaz essa trajetória aliando experiência de campo e pesquisa histórica, explicando como e por que o Brasil se superou, em entrevistas com quem viveu no olho do furacão: o ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega, o presidente do Banco Central, Gustavo Franco, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, o secretário executivo da Fazenda, Júlio Gomes, e economistas chefes de grandes bancos, Octavio de Barros (Bradesco), Tomás Málaga (Itaú) e André Lóes (HSBC).