Em A câmara de gás, John Grisham cria um belo thriller: a história de Sam Cayhall, conhecido membro da Ku-Klux-Klan, que explodiu, em 1967, o escritório de um advogado judeu que militava pelos direitos dos negros, mutilando-o e matando seus dois filhos gêmeos de cinco anos de idade. O primeiro julgamento de Cayhall, com júri composto somente por brancos e manifestações da Klan do lado de fora do tribunal, terminou com sua absolvicão. Um novo julgamento, seis meses mais tarde, confirmou o veredicto. Doze anos depois, um promotor de Greenville, Mississipi, onde se passa a história, reabriu o caso. Desta vez, o júri era formado por oito brancos e quatro negros. Cayhall foi condenado à morte, na câmara de gás, e transferido para a penitenciária estadual em Parchman para aguardar a execução. Grisham discute a pena de morte e sua utilização pelo Estado, questionando sua eficácia. Com este livro, o autor apresenta concentração da narrativa nos personagens, conteúdo dramático convincente, estilo mais substancial e sofisticado do que utilizou nos dois romances anteriores.