O que significa ter uma "pátria"? Qual é o significado da ideia de "nacionalidade" para quem não tem uma pátria? E quando o patriotismo e o culto a identidade se tornam significativos obstáculos para a efetivação dos direitos humanos? A presente obra investiga o conflituoso contexto internacional vivenciado por apátridas e refugiados de guerra. A investigação, para bem além do quadrante meramente jurídico de percepção, reconhece a importância dos Tratados Internacionais e dos órgãos de proteção internacional como indiscutíveis avanços ao ideal cosmopolita. No entanto, o elevado e crescente número de pessoas sem pátria e de refugiados perambulantes pelo mundo - principalmente pós-11 de setembro - demonstram a gravidade do problema e, principalmente, o esgotamento da concepção tradicional de direitos humanos. A visão da "Alteridade", como categoria guia desta obra, na questão dos apátridas e refugiados, significa o reconhecimento do "outro", a partir de sua singularidade e a proposta de um novo horizonte de sentido ético para as relações interculturais, além do retorno ao esquecido problema da fundamentação dos direitos humanos.