Esses dois livros valiosos analisam e registram minuciosamente a recepção de escritores, artistas e críticos da obra de Machado, e a influência que o Bruxo exerceu em nossa literatura durante um século (1908-2008). A rigorosa pesquisa de Hélio e Ieda tornou-se essencial para a compreensão da obra machadiana. - Milton Hatoum. A diversidade do pensamento filosófico sobre as transformações modernas e contemporâneas que cercam a produção artística desdobra-se nos quinze textos que compõem o livro, os quais abordam os mais variados gêneros: cinema, poesia, escultura, pintura e fotografia. Além disso, os textos dialogam ora com autores consagrados - de Winckelmann e Schelling a Benjamin e Rancière -, ora com os próprios artistas - de Glauber Rocha a Joseph Kosuth - e ora com contextos socioculturais mais amplos - desde o capitalismo estético até a estética dos gêneros. Os principais problemas filosóficos que balizam a história da estética e se mantém no cerne dos debates modernos e contemporâneos atravessam esta coletânea. (...) Temas que dialogam diretamente com a situação atual das artes são igualmente contemplados, como a subsunção da arte pelo consumo, o possível caráter transgressor e revolucionário do gesto artístico e o papel das imagens na contemporaneidade.