O livro fúcsia da linguagem tripartida, segundo livro do escritor e tradutor gaúcho Diogo da Costa Rufatto, é um trabalho ímpar. Não, isso não é um clichê! Tampouco uma muleta para começar este texto. Isso é um fato. Porque a palavra ímpar, aqui, não quer dizer apenas uma singularidade específica embora isso também exista no livro: singularidades, mas sim uma forma de divisão que está nas coisas do mundo, na linguagem, na natureza, nos corpos, nos medos, nos livros que Diogo leu fluxo e floema do seu próprio texto, forma essa que não é apenas binária, mas um pouco mais múltipla. Neste livro de três histórias autônomas, porém complementares, o autor nos apresenta uma espécie de santíssima trindade do eu: três personagens em busca de uma linguagem que lhes dê existência. Em Eu. O vento. A coisa, primeira história deste livro ímpar, acompanhamos a constituição de uma mulher, uma mulher velha, abandonada em uma casa de repouso, esquecida, [...]