Cores invisíveis é uma viagem que se inicia por paisagens estranhamente planas, bidimensionais, fachadas que nos olham mudas com suas fisionomias geométricas, interrogativamente. Aos poucos os desenhos ganham profundidade, ganham personalidades próprias que se abrem ao diálogo: uma fábrica, um farol, a velha tulha da fazenda da infância, lembranças da casa de Monsieur Hulot... Até se transformarem em verdadeiros cenários, urbanos ou rurais, gravitando entre a São Paulo do início do século XX com seus trilhos de bonde e a vida bucólica da aldeia retratada por Militão em 1860.