Depois de séculos de abandono pela filosofia ocidental, o corpo voltou à baila como objeto de fetiche em função de um mercado emergente. Mas ele nunca foi uno. Só produto, só sujeito, só modelo. A sua complexidade tem mobilizado a construção de novos entendimentos e é disso que trata esse livro Leituras do Corpo. Uma coleção de artigos que reúne autores brasileiros e estrangeiros, sintonizados com as pesquisas mais contemporâneas em arte, filosofia e ciência. É um trabalho de resistência que lembra Clarice Lispector: "a paralisia não pode transformar a pessoa em coisa porque essa coisa pensa".