Foi Mário Pedrosa quem, despojando-se da grandiloquência de Victor Hugo, adaptou o pensamento do romântico francês sobre o poeta como um «eco sonoro» para definir o crítico como «uma espécie de grilo chato que não para, num canto da sala grande social, de dar sinal de sua presença». O renomado crítico brasileiro, cuja trajetória intelectual é contemplada no ensaio que abre esta coletânea, parece afinar de partida a voz contundente da própria Laura Erber nos doze textos que se seguem a este primeiro.