Entre imagem e escrita, faz-se literatura. E psicanálise. A teoria freudiana constitui-se em um diálogo constante com a literatura, paralelamente àquele estabelecido com a clínica. A psicanálise, por sua vez, chega quase a se fazer produção literária, e sem dúvida imprimiu profundas marcas na literatura do século XX, ao pôr em relevo uma irreversível desestabilização do sujeito e da linguagem. A literatura de Guimarães Rosa percorre como poucas as tortuosas veredas que compõem também o terreno da psicanálise. Dentre nossos grandes escritores, é aquele que mais explora tal deslizamento do significante, tal errância do sujeito, num fio tênue entre imagem e escrita que nos põe vertiginosamente em questão. Tania Rivera tece um delicado diálogo entre alguns contos clássicos de Guimarães Rosa como A terceira margem do rio,O espelho,A menina de lá , textos de Freud e Lacan e questões oriundas da prática clínica. Composto por ensaios independentes, gira em torno do enigma da constituição do sujeito que coincide com o mistério da origem da própria literatura. Os capítulos do livro exploram ressonâncias e contrapontos, sem perder de vista a especificidade de cada campo, mas relançando, de um para o outro, questões fundamentais a respeito do sujeito contemporâneo. A literatura de Guimarães Rosa percorre como poucas as tortuosas veredas que compõem também o terreno da psicanálise. Dentre nossos grandes escritores, é aquele que mais explora tal deslizamento do significante, tal errância do sujeito, num fio tênue entre imagem e escrita que nos põe vertiginosamente em questão. Tania Rivera tece um delicado diálogo entre alguns contos clássicos de Guimarães Rosa – como “A terceira margem do rio”, “O espelho”, “A menina de lá” –, textos de Freud e Lacan e questões oriundas da prática clínica. Composto por ensaios independentes, gira em torno do enigma da constituição do sujeito – que coincide com o mistério da origem da própria literatura. Os capítulos do livro exploram ressonâncias e contrapontos, sem perder de vista a especificidade de cada campo, mas relançando, de um para o outro, questões fundamentais a respeito do sujeito contemporâneo.