O cenário é San Francisco nos psicodélicos anos 60. Wittman Ah Sing, o protagonista desta história fantástica, um jovem poeta e dramaturgo sino-americano. Ele veste jeans, camiseta e tênis, usa cabelos longos e tem muitos sonhos. Um deles é acreditar ser a reencarnação do deus Macaco, aquele que ajudou Buda a levar seus ensinamentos para a China. Wittman também faz jus ao perfil psicoastrológico dos nativos do signo de Macaco: ele pensa grande e quer ser um mensageiro divino – trazendo a China para a América e restaurando, enfim, o sentido de comunidade perdido, ante a predominância racial branca. “O livro apócrifo do macaco chinês”, de Maxine Hong Kingston, foi qualificado pela crítica nos Estados Unidos, como uma densa biografia, a vida caleidoscópica de um poeta errante pelas ladeiras de San Francisco, apresentando a realidade filtrada por lentes surrealistas.