Primeira obra do crítico francês Serge Daney (1944-1992) publicada no Brasil. Ao lado de Georges Sadoul e André Bazin, Daney tornou-se o pensador de cinema mais influente de seu país, cultuado por jornalistas, escritores e filósofos. Colaborador da prestigiosa Cahiers du Cinéma, o crítico marcou toda uma época dessa revista, sendo o principal responsável por reconduzi-la, depois de uma fase política radical, de orientação maoísta, para o campo da análise cinematográfica. Organizado pelo próprio crítico, que selecionou textos dos anos 1970- 1982, A rampa constitui uma espécie de - canteiro de obras teórico - , com empréstimos valiosos de conceitos das obras de Jacques Lacan, Louis Althusser, Roland Barthes e Gilles Deleuze. Analisa as relações entre ideologia e representação em imagens, teorias da montagem, imbricações entre cinema e publicidade etc. Publicado em parceria com a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que em 2007 promove seminários em torno da crítica cinematográfica, A rampa traz prefácios escritos especialmente para a edição brasileira dos críticos Jean-Michel Frodon, atual diretor dos Cahiers, e Serge Toubiana, que colaborou diretamente com Daney e hoje dirige a Cinemateca Francesa. Inclui ainda posfácio do tradutor Marcelo Rezende e texto de quarta capa de Leon Cakoff.