Eu amo, tu amas, será que ele me ama?! Ir ene estava prestes a ser reprovada em uma das disciplinas mais importantes de sua vida, até ser matriculada, meio a contragosto,num curso singular: "A gramática do amor", oferecido com exclusividade a ela pelo seu charmoso professor de inglês, que por trás de belos olhos azuis guarda uma grande tristeza. Através da leitura de autores como Tolstói, Jane Austen, Murakami, Stefan Zweig e García Márquez, a garota, após viver sua primeira grande desilusão amorosa, mergulha em narrativas que a levarão a entender seus próprios sentimentos, elaborar seus desejos e perdas e, principalmente, escrever a sua própria história.Livro de estreia da catalã Rocío Carmona, vocalista da banda Nikosia, A gramática do amor conquistou público e crítica na Espanha e vem ganhando traduções em diversos países.O romance acompanha a trajetória de Irene, uma adolescente espanhola enviada para um internato no sul da Inglaterra após o divórcio dos pais, e suas aventuras e desventuras amorosas. Com sensibilidade, a autora constrói um romance apaixonante sobre a descoberta do amor e o poder da lit eratura.Depois de ser feita de boba por Liam, o "garanhão" da turma , Irene começa a achar que nunca encontrará um amor verdadeiro. Como se sua angústia e sofrimento não fossem suficientes, ela tem que lidar com os questionamentos acerca da separação dos pais, a saudade de casa e das amigas que deixou na Espanha, as dificuldades de adaptação com o clima, a língua e o jeit o de ser dos ingleses e uma c olega de quarto "sem noção". Não fosse o treinamento nada ortodoxo imposto pelo jovem professor Peter Hugues - que inclui doses diárias de literatura universal e corrida - Irene talvez não passasse na prova da vida. "Somos o que resta de nós quando alguém nos parte o coração pela primeira vez." Esta a conclusão da protagonista ao chegar ao fim de A sul da fronteira, a oeste do sol, de Haruki Murakami, sua primeira leitura no curso de gramática do amor. Depois dele vêm Orgulho e preconceito, o clássico de Jane Austen, o tristíssimo Carta de uma desconhecida, de Stefan Zweig, e muitos outros. Todos contendo anotações de leitores anteriores, que soam como charadas propositadamente colocadas ali para provocar ainda mais a leitura da garota. E cada um deles, à sua maneira, ajudando a pavimentar a tortuosa estrada para o coração de Irene. Cheio de referências literárias que fazem o leitor querer buscar as obras e autores mencionados, A gramática do amor é um convite à intertextualidade. Mas não é só isso. Em sua bem-sucedida estreia na literatura juvenil, Rocío Carmona escreveu um delicioso romance sobre a aventura de crescer, descobrir-se e, principalmente, encontrar a si mesmo e o outro.