Negra, inteligente, engajada, Alice Walker prova nesta coletânea de 27 ensaios que é mais do que a autora de um romance bem acabado e bem filmado chamado A cor púrpura. Em “Vivendo pela palavra” ela fala de feminismo, de viagens, abre as páginas de seu diário, tenta entender o drama de seus irmãos de cor e dos índios americanos, demonstra sua preocupação com a ecologia, as comunidades homossexuais e a política, de maneira geral. Os textos são leves, soltos, bem encadeados: passeiam à vontade pelos temas mais diversos com verve e firmeza, mas nunca em tom panfletário ou demagógico.