Neste livro elegantíssimo e forte, maiúsculo para quem gosta de surpreender-se, para quem arrisca não enquadrar, mas apenas sentir, a poeta deságua uma imensidão de dizeres. Numa rota germinada com suor, vinho e lágrimas, brotam poemas exclamativos, doídos, pungentes, ardentes, alegres, febris. Colares é afeto e podemos senti-lo homenageado em nomes pessoais, encarnados ou desencarnados, conhecidos ou não de nós. Lírico, surreal, concreto, haikai, não importa. São poemas cheios de lugares, de tempos, de imagens que se erguem no ar, do papel.