Jamais o fogo nunca é o primeiro romance da escritora chilena Diamela Eltit traduzido para o público brasileiro. Com um título que provém de um enigmático verso de César Vallejo, o romance se constitui pela voz, em primeira pessoa, de uma mulher cujo dado biográfico essencial é ter sido uma sobrevivente da luta política no período do regime militar, luta que trouxe consigo a delação, o cárcere e a perda de um filho. A obra parte desse pano de fundo histórico e pessoal para seguir em direção ao microcosmo dessa voz e examinar o tecido medular das subjetividades que trançaram as utopias e sentidos do século XX, encarando a condição precária dos corpos excedentes desse tempo. A partir de uma máxima ambiguidade, o romance se abre a diversas possibilidades, nas quais oscila e se dissolve a fronteira entre a vida e a morte, entre o corporal e o social. "Jamais o fogo nunca" é o primeiro romance da escritora chilena Diamela Eltit traduzido para o público brasileiro. Com um título que provém de um enigmático verso de César Vallejo, o romance se constitui pela voz, em primeira pessoa, de uma mulher cujo dado biográfico essencial é ter sido uma sobrevivente da luta política no período do regime militar, luta que trouxe consigo a delação, o cárcere e a perda de um filho. A obra parte desse pano de fundo histórico e pessoal para seguir em direção ao microcosmo dessa voz e examinar o tecido medular das subjetividades que trançaram as utopias e sentidos do século XX, encarando a condição precária dos corpos excedentes desse tempo. A partir de uma máxima ambiguidade, o romance se abre a diversas possibilidades, nas quais oscila e se dissolve a fronteira entre a vida e a morte, entre o corporal e o social. A noção de célula funciona, no romance, como chave política, mas, também, como unidade básica do corpo, ambas as arestas ali presentes para produzir a explosão e a confusão entre corpo e política.