Cigarra, gafanhoto, barata, louva-a-deus, besouro, mariposa, borboleta, mosquito, cupim, mosca e formiga. Em "Insetos", Jô Bilac dá voz aos bichos para tratar de questões sociais e políticas contemporâneas. Como uma fábula, através de uma grande polifonia de diferentes insetos, o texto muito bem-humorado traça paralelos entre a natureza e os dilemas humanos, revelando comportamentos coletivos e individuais. Ao longo das cenas, convivência, medo e manipulação tornam o colapso evidente. A peça com o texto inédito de Jô Bilac, adaptado pela Cia. dos Atores e pelo diretor Rodrigo Portella, marca os 30 anos de atividade do grupo carioca. “Usamos desequilíbrios da natureza como espelho da sociedade”, diz Cesar Augusto, um dos fundadores da companhia. Este livro apresenta os dois textos lado a lado para que o leitor possa acompanhar o movimento dos insetos voando pelas páginas na adaptação feita para o espetáculo no palco.