O ato expressivo que constitui a obra de arte é uma construção no tempo e não uma emissão momentânea. A verdadeira obra de arte é a edificação de uma experiência irrestrita, a partir da interação de condições e energias ligadas à vida. A rua pela vidraça narra, em seus contos e poemas, fatos que a autora revela porque antes ela esteve "lá", na vivência, e os quais deixou decantar, transpondo o impulso primeiro, para só depois se aventurar a transmitir a manifestação da arte que o espírito criativo incita a eclodir.