O presente trabalho, que vem preencher uma lacuna no mercado editorial, aborda a doutrina de Agostinho de Hipona acerca do problema do mal. Neste sentido, valendo-se de fontes agostinianas primárias, a pesquisa ocupou-se, entre outros, com os seguintes temas: é possível sustentar a existência ontológica do mal? Qual a origem do mal? O que compreender do mal moral e mal físico? Qual a relação entre o livre-arbítrio da vontade humana e o mal? Existe antídoto para o mal? Esta obra demonstra que a preocupação de Agostinho com o problema do mal permeia toda a sua obra, sendo que, com curiosa ousadia, o Mestre de Hipona estrutura de maneira singular as suas posições sobre a questão ontológica do mal que, ainda hoje, angustia o homem moderno. Com efeito, não é possível formular qualquer doutrina sobre o mal, sem antes avaliar a doutrina de Agostinho relativamente ao assunto, seja para endossá-lo ou para apresentar-lhe oposição. De fato, mais uma vez, o Doutor da Graça mostra-se como um divisor de águas em tão recorrente tema. Isto posto, a presente obra é um convite para se compreender os vários aspectos do problema ontológico do mal no pensamento vigoroso de Agostinho de Hipona.