Como a morte e o estatuto da pessoa morta são produzidos por meio de processos burocráticos, técnicos e econômicos? A presente etnografia parte de uma funerária da cidade de Porto Alegre para apresentar um complexo de mediações pelas quais os óbitos transitam, são negociados e, por fim, produzidos. Um complexo que envolve não somente funerárias como também cartórios, cemitérios, a Central de Atendimento Funerário e o Departamento Médico Legal. Espaços especializados que agem mediante procedimentos técnicos, processos documentais e negociações econômicas e emocionais para produzir a pessoa morta.