Antropólogo, professor do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia do IFCS-UFRJ, pesquisador do CNPq, coordenador do Núcleo de Experimentações em Etnografia e Imagem do PPGSA-UFRJ, além de mestre e doutor em Antropologia pelo PPGAS-Museu Nacional /UFRJ, o autor analisa aqui os filmes Os mestres loucos; Eu, um negro e Jaguar, da chamada "trilogia migratória" de Jean Rouch (1917-2004), considerados os mais etnográficos dentre os 107 dirigidos pelo engenheiro, doutor em letras, etnógrafo e explorador. Como afirma Sylvia Caiuby Nova-es, da USP, no texto de apresentação do livro, Marco Antonio Gonçalves "consegue trazer a obra de Rouch para a discussão mais contemporânea da Antropologia, em que a ética e a estética da etnografia são impregnadas de uma estética surrealista que o cineasta- francês toma como modelo", deixando de lado "parâmetros cientificistas (positivis-tas) para aproximar-se de uma experiência subjetiva humana em que o que se revela é o encontro entre o cineasta-antropólogo e seus amigos africanos".