A mais difícil das solteirices é voltar a ser solteira de filhos. Após esvaziar o leite do corpo e da alma, de repartir objetos e gatos de estimação, cobertas de cama e mesa, álbuns de retratos, ninharias cotidianas, deixá-los partir. Deixá-los que se extraviem, que acordem de noite destapados e realmente padeçam de fome e sede. E na valsa da vida, troquem de mesa, de par e de estilo. A solteirice de outra leitura sem capela e sem aliança. A solteirice de um livro enfim publicado e lido. Maria Carpi