O Melhor do Inferno, segundo romance de Christiane Tassis, traz a história de um náufrago em uma ilha de edição, o narrador - na figura de um videomaker que vê o mundo pelos olhos de uma câmera - rebobina, avança, pausa, descarta, recorta e encaixa as cenas de seu relacionamento peculiar com duas mulheres - uma que ele amou e outra que ele tentou inventar. Nessa edição, ele tenta explicar para si a desordem do tempo, buscando vias possíveis para reconstituir a própria história a partir de fragmentos de imagens, textos e reminiscências. As vozes dos três personagens se entrelaçam ao longo da trama, e as mulheres também assumem, várias vezes, o lugar do narrador ora por meio de depoimentos, ora de pequenos escritos, deixados em blogs, celulares e bilhetes.