Não se trata de pensar as políticas públicas sob uma ótica dicotômica da sua horizontalidade ou da sua verticalidade, dependendo da participação ou não da população na sua elaboração e operacionalização, como analisam alguns pensadores. Pensar as políticas públicas sob esta ótica é considerar o Estado separado da sociedade civil, como se as políticas públicas fossem pensadas em instâncias separadas e a questão em pauta dissesse respeito apenas ao envolvimento ou não da população. Considerando, porém, as políticas públicas como resultado de uma correlação de forças sociais, como foi abordado neste livro, parte-se do pressuposto de que estas nascem do contexto da sociedade civil.