Qualquer pessoa do cotidiano das culturas ocidentalizadas de hoje sente confusamente o quanto as diversas instituições de ensino estão distantes da sua vivência. Escolas, colégios, universidades continuam, em sua grande maioria, norteados por paradigmas ultrapassados, paradigmas que não correspondem às característicasda pós-modernidade, dos quais decorre um ensino triste, enfadonho, vivido, muitas vezes, como um castigo necessário para a inserção social. Saudamos, pois, este novo livro incluído entre aqueles que propõem novas pedagogias, pois, como diz René Barbier a propósito da tese de Georges Bertin, "sem dúvida, menos do que nunca, um pesquisador em educação contemporânea pode negligenciar nem a via do imaginário, artística e espiritual, nem a via realista, científica e lógica, na construção de seu objeto de conhecimento. Filho de Bachelard, o pesquisador contemporâneo é igualmente seu filho indigno pois exige de hora em diante uma dupla atitude, uma dupla visão conjugada e simultânea em toda aproximação clínica da vida social e pessoal: a de uma razão sensível (M. Maffesoli) e a de uma imaginação criadora." Obedecendo a esse espírito, vemos, no presente livro, discutidos os processos de conhecimento, a construção de aprendizagens significativas, um novo olhar sobre o homem, a importância da arte, as figurações do professor e suas conseqüências no aprendizado, entre outros aspectos pertinentes.