Brás Cubas – autodenominado “defunto-autor” – narra de maneira irônica, espirituosa e pessimista toda a sua existência. Tendo como ponto de partida seu próprio funeral, ele revisita, em tom de conversa com o leitor, os episódios mais significativos de sua vida, incluindo: seus poucos amores, Marcela, Eugênia e Virgília; seu reencontro com o amigo de infância, Quincas Borba, um dos personagens machadianos mais conhecidos; e sua ideia obsessiva pela criação de um emplasto para tratar pessoas hipocondríacas, que fora um fracasso, embora ele não o admita. “Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto.