Após o episódio de 11 de setembro, a tortura tornou-se, nos Estados Unidos, uma política e juridicamente justificada pela guerra global contra o terror. Mais que isso, foi moralmente legitimada. Para eminetes pensadores americanos, a tortura é um mal necessário, até mesmo o bem, em situações de ameaça grave. Como entender essa dramática regressão? Daí a importância desta obra, que enfrenta todas as dimensões da resposta desta pergunta, histórica, jurídica, filosófica e moral. O autor ainda explica por que seu argumento central, o da hipótese da bomba-relógio, que justifica a tortura do indivíduo que a colocou, não passa de uma fábula perversa.