Se você é brasileiro e não vê a hora de chegar o dia da cerimônia de abertura da Copa do Mundo, se faz parte da multidão de torcedores fanáticos por futebol, se estuda antropologia, ou até mesmo se não é nada disso e chega a trocar de canal quando começa qualquer jogo, vai simplesmente mergulhar de cabeça nas páginas de A bola corre mais que os homens. Até porque o livro de Roberto DaMatta é tão abrangente quanto o tema que aborda. Trata-se de uma reunião de textos destinados ao grande público, referentes, em particular, à cobertura das Copas de 94 e de 98, realizada para o Jornal da Tarde. De um lado temos a radiografia precisa da sociedade brasileira. Do outro, as explicações para o arrebatamento que o esporte provoca em seus seguidores. No intervalo entre uma coisa e outra, reflexões sobre todos esses sentimentos extremados que bolas, jogadores, goleiros, juízes, técnicos e bandeirinhas trazem para admiradores incondicionais.