Este é o quinto livro do escritor George B. de Andrade. A poesia do autor reinterpreta a vida e a morte que persegue os homens. Sob a “casca da madeira” que oculta sua verve, George vai revisitando as coisas do mundo com o olhar peculiar de quem foi picado pela vespa poética, imprimindo vida poética aos “inanimados” que habitam sua casa, corporificando fantasmas que açoitam a alma das gentes, como o medo, a ausência, a dor e o fracasso, que tomam forma concreta, com “músculo, pele e ossos” de gente. A “pele da casca da madeira” esconde as misérias e glórias humanas, sua ambiguidade (o homem que ama e odeia ao mesmo tempo, é avarento num minuto e em outro avarento, etc.): um invólucro revestido pela pele, escondendo todos os nossos sentimentos mais ocultos e insabidos. A árvore e sua casca é uma metáfora para dizer que nos escondemos também por trás de uma espécie de pele de casca de madeira.