O que é o mundo? Como ele se constitui? É possível conhecê-lo? Por quais meios? Estas e outras questões permeiam as inquietações deste livrinho, que rastreia uma certa tradição do pensamento ocidental na ânsia de apreender o significado do lócus da existência humana e suas implicações na compreensão da vida. A ideia e não o conceito de mundo estaria assim imbricada à vida (tanto individual quanto coletiva) e às correspondentes visões de mundo, cuja influência afeta a concepção racional dos homens a respeito da sua existência localizada. Entretanto, seria a vida e o mundo passíveis de um aprisionamento conceitual pela ciência? Podemos conhecer racionalmente a vida? O mundo pode ser cientificamente explicado? Pode a ciência nos dizer como viver? O que sobraria de inexplorado no mundo se as ciências humanas, principalmente a sociologia, declararam a sociedade objeto mapeado da ciência? A sociedade é o mundo? Mundo e sociedade se equivalem ou se identificam? Dentre tantos questionamentos, este livrinho procura fugir às pretensões da asserção, mas compromete-se profundamente com a dúvida.