O dicionário O pai dos burros reúne clichês de linguagem que o jornalista e escritor Humberto Werneck coleciona obsessivamente há quase 50 anos lugares-comuns que vão de água que passarinho não bebe e analfabeto de pai e mãe, na letra A, a dar zebra e ser um zero à esquerda, na letra Z. Esta segunda edição, revista e ampliada, agrega 900 novas expressões, totalizando 5.400 frases feitas. A ideia não é censurar os lugares-comuns muitas das frases preferidas do autor estão incluídas. O que se quer com este livro, diz Werneck, é apenas recomendar desconfiança diante de tudo aquilo que, no ato de escrever, saia pelos dedos com demasiada facilidade. Porque nada de verdadeiramente bom costuma vir nesse automatismo.